Proporção de chefes de família desempregados no estado é de 14%, o que colabora para a Insegurança Alimentar (IA) grave
O estado do Amazonas apresenta uma proporção de Insegurança Alimentar (IA) grave que está levando 26% da população a passar fome.
Esse dado é mais preocupante ainda quando leva em consideração a IA moderada e grave, com números que chegam a 54,4% dos amazonenses com alguma dificuldade de se alimentar ou mesmo sem nada para comer.
O quadro foi revelado no estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Penssan), divulgado nesta quarta-feira (14).
Para chegar aos dados, pesquisadores foram de casa em casa, de novembro do ano passado a abril deste ano, visitando 12.745 domicílios em 577 cidades. Todos os estados do país o Distrito Federal fazem parte do levantamento.
No Amazonas, 460 domicílios foram visitados pela Penssan.
Níveis
O estudo aplicou oito perguntas da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e encontrou três níveis de Insegurança Alimentar: a leve, moderada e grave.
Segurança Alimentar é quando a família/domicílio tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.
Já a insegurança alimentar leve é quando há preocupação ou incerteza em relação ao acesso aos alimentos no futuro; qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade.
A moderada é quando há redução quantitativa de alimentos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante de falta de alimentos.
E a grave, é quando não tem o que comer por falta de dinheiro para comprar alimentos, ou fazer apenas refeição ao dia, ou ficar o dia inteiro sem comer.
Fonte: Norte de Notícias